
28/12/2022
Foto: Vegetação de Cerrado no Parque Estadual Furnas do Bom Jesus – PEFBJ, Pedregulho, SP. Autora: Giselda Durigan
Organizado por pesquisadores da Universidade de Stanford (EUA), em parceria com a Editora Elsevier, o ranking c-score (escore composto) divulgou a relação dos cientistas mais influentes do mundo e destacou 1.212 pesquisadores brasileiros. Na lista, estão cinco institutos de pesquisa públicos de São Paulo – Instituto Adolfo Lutz, Instituto Butantã, Instituto Agronômico de Campinas, Instituto de Pesca e o Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), criado em junho de 2021, a partir da união dos Institutos de Botânica, Florestal e Geológico.
Com a missão de gerar e disseminar conhecimento sobre o meio físico, os ecossistemas, a biodiversidade e o seu funcionamento, o IPA encontrou na pesquisadora Giselda Durigan, do Núcleo de Conservação da Biodiversidade, seu maior expoente no ranking. Durigan é estudiosa da área de ecologia que contou com 41 cientistas na relação. A pesquisadora do IPA está classificada em 8º lugar entre os brasileiros, sendo a primeira entre as mulheres – que são uma gritante minoria no ranking.
Para Giselda o alto impacto de suas publicações decorre de sua história de décadas de pesquisas para resolver problemas reais dos ecossistemas (Ecologia Aplicada). “Atualmente, há uma mobilização global para priorizar esse tipo de pesquisa, agora com nomes como Soluções baseadas na Natureza e Co-produção, o que deu grande repercussão para meus estudos”, avalia Durigan, que acrescenta “esta é a minha forma de ajudar a melhorar este mundo, por meio da Ciência”.
Marcelo Sodré, coordenador do IPA garante que “as pesquisas desenvolvidas por Durigan contribuem tanto para o conhecimento científico sobre o funcionamento dos ecossistemas, como colaboram diretamente para a tomada de decisões e para a implementação de diversas políticas públicas”. O IPA tem trabalhado para promover uma infraestrutura mais adequada nos seus laboratórios de pesquisa e com foco no estabelecimento de acordos de parceria direcionados para a inovação científica. Em apenas seis meses foram aprovados quatro acordos de cooperação técnica que totalizam cerca de 1,8 milhões de reais.
O protagonismo do IPA nessa classificação mundial expressa o compromisso do Sistema Ambiental Paulista com a pesquisa de qualidade e se traduz na visibilidade das pesquisas publicadas em periódicos de excelência. A pesquisa de qualidade desenvolvida pelo IPA mostra os múltiplos caminhos que a ciência pode gerar para o enfrentamento dos desafios globais, em especial para a implementação da Agenda 2030.
Giselda Durigan é pesquisadora e membro do Conselho Científico do IPA, e professora credenciada junto aos programas de pós-graduação da UNESP e UNICAMP. É membro do corpo editorial dos periódicos Restoration Ecology, Journal of Ecology, Applied Vegetation Science e Hoehnea. Desenvolve pesquisas em regiões de Cerrado e Mata Atlântica, especialmente em ecologia aplicada à conservação e restauração ecológica. Incluída entre os Top Ecology and Evolution Scientist in Brazil (2022) na 53ª posição e finalista do Prêmio Ester Sabino para Mulheres Cientistas do Estado de São Paulo (2022).
O Ranking e o método foram publicados na íntegra pela Elsevier e podem ser consultados pelo link https://elsevier.digitalcommonsdata.com/datasets/btchxktzyw/5

Giselda Durigan