
01/12/2022
Novembro é o mês da Consciência Negra. No dia 29, o Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) promoveu uma roda de conversa sobre o tema. O evento aconteceu na unidade Horto Florestal da instituição, na zona norte da capital paulista.
Para o bate-papo, a equipe do IPA recebeu as crianças do Instituto de Olho do Futuro, que trabalha oferecendo atividades educativas e esportivas em horário complementar ao período escolar.
Primeiro foi realizada uma visita guiada ao Museu Florestal “Octávio Vecchi”. A roda de conversa aconteceu na sala do tríptico, uma obra de arte em óleo sobre tela de grandes dimensões que retrata três momentos da história do estado de São Paulo e na qual os negros são retratados de forma peculiar.
Iniciados os debates, foi discutido o por quê de existir o mês da consciência negra, a questão histórica da constituição da população brasileira, discriminação e racismo e a necessidade de políticas públicas afirmativas, como cotas raciais.
A atividade foi conduzida pela equipe do Núcleo de Museus e Acervos Arquivísticos e Iconográfico do IPA, Natália Almeida e Robinson Dias, e pelo pesquisador científico Osny Tadeu Aguiar. O evento teve como convidado o músico, educador e líder comunitário Flávio Casemiro, que além do debate fez uma apresentação de rap da música “África Mãe”, de sua autoria, acompanhado pelo beatbox Santana.
Ao final, todos deixaram o Museu e fizeram uma caminhada pelo Parque Estadual Alberto Löfgren até um baobá, único exemplar da espécie no Horto. A árvore, de origem africana, foi plantada há três anos como parte das comemorações do Dia da Consciência Negra promovidas pela equipe do Museu Florestal, que à época integrava o Instituto Florestal. A espécie tem grande valor simbólico. As sementes vieram de Moçambique e a muda foi doada por Paolo Sartorelli, engenheiro florestal proprietário da empresa Baobá Florestal.
Para fechar o evento, foi tirada uma fotografia com todos levantando o braço com o punho cerrado, sinal da resistência negra.