O Brasil ultrapassou a marca de 10 mil cavernas conhecidas, ao todo são 10.134 cavidades registradas, aponta relatório elaborado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (Cecav), órgão vinculado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), utilizando como base diversas fontes de dados, dentre elas: o Cadastro Nacional de Cavernas (CNC), Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) e levantamentos realizados para licenciamentos ambientais.
Segundo o relatório, 426 cavernas estão localizadas no estado de São Paulo, e a região do Vale do Ribeira, sul do estado, é a que tem a maior concentração do estado. As cavernas do Vale do Ribeira estão em sua maioria localizadas dentro de Unidades de Proteção Integral ou na Zona de Amortização dessas Unidades. Destas 426 cavernas no estado, 32 cavernas já possuem o Plano de Manejo Espeleológico, documento técnico com as definições específicas sobre o uso e a visitação, sendo: 20 no Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (Petar), 10 no Parque Intervales, 1 no Parque Estadual da Caverna Diabo e 1 no Parque Estadual do Rio Turvo. Desde fevereiro de 2008 o Instituto Geológico (IG) participa da elaboração dos Planos de Manejo Espeleológicos das cavidades naturais subterrâneas (resolução SMA-37 DOE de 17/05/2008).
A relação do IG com a região do Vale do Ribeira é antiga, remonta aos tempos da Comissão Geográfica e Geológica, com suas explorações pioneiras e o extinto Instituto Geográfico e Geológico (IGG), com trabalhos na área de recursos minerais, que em 1958 auxiliaram na criação do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR), uma das mais importantes e visitadas Unidades de Conservação do Estado de São Paulo. Atualmente 4 projetos de pesquisa na região do Vale do Ribeira estão sendo desenvolvidos por pesquisadores do IG.