
04/05/2020
Imagem: Distribuição das concentrações de nitrato (N-NO3) nas águas subterrâneas do Estado de São Paulo.
A Revista do IG publicou no seu volume 40(3) um artigo sobre a ocorrência do “Nitrato em Águas Subterrâneas do Estado de São Paulo”, de autoria de pesquisadores do Laboratório e Estudos de Bacias-LEBAC, do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da UNESP – Campus Rio Claro.
O artigo divulga resultados de 840 análises de água de poços tubulares, realizadas no período de 2013-2014, em amostras de 6 importantes aquíferos de São Paulo (Cristalino, Tubarão, Guarani, Serra Geral, Bauru e Taubaté). Retrata a problemática da perda de qualidade das águas subterrâneas pela presença de nitrato em concentrações que chegam a ultrapassar o padrão de potabilidade de 10 mg/L de nitrogênio-nitrato (N-NO3), estabelecido pelo Ministério da Saúde (Portaria de Consolidação n° 5/2017).
O nitrato é um contaminante cada vez mais presente nos aquíferos, decorrente da falta de saneamento básico ou insuficiência de manutenção da rede de esgoto doméstico, principalmente em áreas urbanas.
O estudo demonstra que do total de amostras analisadas, 8,4% (equivalente a 70 amostras) ultrapassam o valor máximo permitido de 10 mg/L (N-NO3), e 18,9% já se encontram acima do valor de prevenção estabelecido pela CETESB, de 5 mg/L. Dentre os sistemas aquíferos avaliados, o Bauru é o que apresenta mais poços com problemas de contaminação, em função de sua extensão territorial, maior vulnerabilidade à contaminação e pela quantidade de poços perfurados.
Dentre os prognósticos sugere-se a implementação de ações estratégias para identificação e eliminação de fontes de contaminação, bem como ações imediatas relacionadas a uma manutenção preventiva do sistema de saneamento, entre outras.
Nitrato em águas subterrâneas do Estado de São Paulo.
Autores: Marcia Regina Stradioto, Elias Hideo Teramoto, Hung Kiang Chang
Para acessar, clique no link: https://revistaig.emnuvens.com.br/rig/article/view/672