No último dia 31/03/2011, foram encerradas as atividades da Operação Verão 2010-2011 do Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC), que é coordenada pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (CEDEC), ligada à Casa Militar do Gabinete do Governador do Estado de São Paulo.

Na Operação Verão 2010/2011 foram realizados 33 atendimentos, em 23 municípios, incluindo 4 atendimentos para a reversão do nível operacional do Plano. Os municípios atendidos foram os seguintes: Atibaia, Bragança Paulista, Cubatão, Franco da Rocha, Guararema, Igaratá, Ilhabela, Itanhaém, Itapecerica da Serra, Jacareí, Jundiaí, Mauá (4), Miracatu, Piracaia, Queluz, Ribeirão Pires, Santa Bárbara do Oeste, Santo André (2), São José dos Campos, Socorro, Taboão da Serra, Vinhedo e Santa Branca.

No total, foram vistoriadas 76 áreas, com interdição definitiva de 385 moradias, interdição temporária de 241 moradias, além da recomendação de remoções preventivas (953) e definitivas (1496), totalizando 2449 pessoas afetadas. Foram registradas também a ocorrência de 15 mortes, nos municípios de Jundiaí (4), Mauá (6) e São José dos Campos (5).

O Instituto Geológico, que opera o Plano Preventivo de Defesa Civil, através de Termo de Cooperação Técnica firmado com a CEDEC, manteve equipes técnicas de plantão 24 horas por dia, desde o início da Operação Verão em 01/12/2010 até o seu encerramento em 31/03/2011, para realização de atendimentos emergenciais, com a finalidade de fornecer subsídios técnicos definidos nos Planos Preventivos de Defesa Civil. Os atendimentos emergenciais são realizados sempre que as equipes de defesas civis municipais (COMDECs) verificarem a existência de feições de instabilidade ou mesmo ocorrências de deslizamentos.

O período de operação dos planos corresponde à estação chuvosa, de 1 de dezembro a 31 de março, podendo ser prorrogado ou não, dependendo das condições e avaliação da Comissão Executiva que gerencia os Planos. Os Planos têm como objetivo principal evitar a perda de vidas humanas e a redução dos danos materiais, subsidiando a adoção de medidas anteriores à ocorrência de escorregamentos e inundações, com base no acompanhamento da previsão meteorológica, da precipitação pluviométrica e das vistorias de campo. Em geral, as situações de risco observadas estão associadas à ocupação desordenada, sem critérios técnicos, em setores de alta declividade das encostas e em planícies de inundação. Os Planos são constituídos por 4 níveis de operação: OBSERVAÇÃO, ATENÇÃO, ALERTA e ALERTA MÁXIMO, cada qual determinando uma ação ou conjunto de medidas a serem tomadas, tais como monitoramento dos índices pluviométricos (acumulado de 3 dias), vistorias de campo e retirada parcial ou total da população das áreas de risco.

Foto 1 – Equipe do IG e CEDEC em atendimento no Jd Zaíra, em Mauá no local onde houve 2 mortes, 11/01/2011.

Foto 2 – Técnicos do IG e da Defesa Civil de Santo André em vistoria no Bairro Jardim Santo André em Santo André, no dia 15/01/2011.

Foto 3- Deslizamentos no Bairro do Rio Comprido em São José dos Campos onde houve 5 mortes, 11/01/2011.