Profissionais do Instituto Geológico – IG, ligado à Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo – SMA, trabalham, desde domingo, dia 27 de junho, em cidades de Alagoas, no atendimento às vítimas do desastre ocorrido após as chuvas que atingiram a região neste mês.


Este atendimento visa dar apoio ao governo alagoano, após solicitação do governo do estado de São Paulo, a exemplo de apoio já garantido em outras situações de desastre, como em Santa Catarina em 2008.


No sábado, dia 26 de junho, houve mobilização da equipe técnica do IG, que se prontificou a realizar o atendimento. Na sequência, no domingo, dia 27 de junho, três técnicos do IG foram enviados a Alagoas, sendo 2 geólogos e 1 geógrafo: Cláudio José Ferreira, Célia Regina de Gouveia Souza e Rogério Rodrigues Ribeiro.


Seguem algumas informações sobre os trabalhos destes profissionais realizados até o momento em Alagoas:


– 27/06, domingo. A equipe do IG foi recepcionada, no aeroporto de Maceió por representante da CEDEC-SP, que passou a ordem de serviço para a equipe se deslocar para Santana de Mundaú (12 mil habitantes, 3500 desabrigados e 2500 desalojados). A coordenadora da defesa civil de lá e também Secretaria de Saúde havia solicitado pessoalmente ao Secretário da Casa Militar de São Paulo, apoio técnico para o município.


-28/06, segunda. De manhã a equipe se deslocou para Santana de Mundaú e posteriormente para União dos Palmares. Segundo palavras de Cláudio J. Ferreira,


“no caminho todo, ao longo do rio o cenário é de terremoto! Incrível imaginar como a força das águas pôde destruir todas as casas, árvores, tudo que encontrou pela frente. O exército está limpando a cidade e distribuindo doações. Nosso primeiro contato foi o secretário de Obras, que fez um relato da situação e nos levou para a sala de comando da defesa civil. O chefe das operações é um coronel dos bombeiros. Tivemos uma reunião rápida com a presença coordenadora da defesa civil local. Decidimos que a primeira missão seria vistoriar possíveis áreas para a instalação de barracas para a população desabrigada, pois eles estavam esperando a chegada da Superintendente de Habitação da Secretaria Estadual de Infraestrutura, juntamente com pessoal de uma ONG inglesa, que querem doar as barracas. Vistoriamos três áreas e expusemos os prós e contras de cada uma. Uma delas foi priorizada e já há uma negociação com o proprietário”.

– 29/06, terça-feira. A equipe retorna a Santana de Mundaú para vistoriar uma área, candidata a receber a construção definitiva de novas casas, além de delimitar as áreas onde não será possível a re-ocupação. Praticamente, não há a necessidade de vistoriar casas, pois as que foram atingidas foram completamente destruídas. As demandas maiores são as de selecionar locais para residências, como apontado anteriormente.


Segundo palavras de Cláudio J. Ferreira, “outra questão crucial é a disposição de entulhos e lixo. Esse material está simplesmente sendo jogado na margem do rio, ou seja no rio!? O rio Mundaú nasce em Pernambuco e na região é muito largo com lajedos e corredeiras.


As fotos que acompanham esta notícia são de autoria de moradores da região e retratam a situação de União dos Palmares na última semana.