Esta foi a questão principal que fomentou a Mesa Redonda “RISCOS GEOLÓGICOS E O PAPEL DAS GEOCIÊNCIAS”, ocorrida no dia 18 de maio de 2010, no Instituto de Geociências da USP.

Houve a participação de 54 pessoas, dentre os quais estudantes de geologia, de Geociências e Educação Ambiental, de geografia, profissionais de prefeituras, de defesa civil, de empresas de consultoria, da CPRM, do IG e do IPT, além de docentes do Instituto de Geociências – USP.

Esta Mesa Redonda foi organizada pela Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE), Sindicato dos Geólogos do Estado de São Paulo (SIGESP), Instituto de Geociências da USP (IGc-USP) e Sociedade Brasileira de Geologia (SBG). Teve como propósito discutir como as Geociências podem contribuir para minimizar as conseqüências danosas provocadas por deslizamentos, inundações e outros fenômenos associados às chuvas intensas que todo verão acarreta vítimas e prejuízos.

A pesquisadora Lídia Keiko Tominaga, do Núcleo de Geologia de Engenharia e Ambiental do IG, proferiu uma das três palestras indutoras da discussão, falando sobre “A GESTÃO DE RISCOS NO ESTADO DE SÃO PAULO E O PAPEL DO INSTITUTO GEOLÓGICO”.

Também proferiram palestra os geólogos Eduardo Macedo (IPT) e Ronaldo Malheiros Figueira (PMSP e Sindicato dos Geólogos), falando respectivamente sobre “Gestão de áreas de risco nos municípios” e “A importância das Geociências nas políticas públicas de gerenciamento de riscos geológicos”

Uma das questões levantadas nos debates, que contou com a participação de profissionais, estudantes e docentes do IGc-USP, foi a necessidade de se adequar o currículo do curso de Geologia da USP a fim de permitir uma formação voltada à aplicação, principalmente na área de Geologia de Engenharia, com o oferecimento de cursos de especialização de Cartografia Geotécnica e de Riscos Geológicos.

De acordo com o Prof. Paulo Boggiani (IGc-USP), “as apresentações e comentários dos participantes demonstraram claramente que a área de risco geológico tem grande potencial de trabalho também aos educadores formados pelo curso LiGEA – Licenciatura em Geociências e Educação Ambiental, principalmente para o necessário caráter preventivo e educativo que a questão exige e que o curso deve também apresentar a formação adequada para essa área das Geociências”.

Ao final, o presidente da ABGE, Fernando Kertzman, abordou a necessidade da criação de um Serviço Geológico Estadual, que agregaria o papel de conduzir a gestão técnica de riscos no Estado, concentrando recursos técnicos e financeiros, promovendo o treinamento de profissionais, cursos de aperfeiçoamento e o mapeamento de áreas de risco. Sugeriu, inclusive, que este papel fosse assumido pelo Instituto Geológico.

Figura 1 – cartaz de divulgação do evento

Figura 2 – componentes da Mesa Redonda (a partir da direita: Lídia K. Tominaga, Fernando Kertzman, Ronaldo M. Figueira, Eduardo Macedo)