Os pesquisadores Annabel Pérez Aguilar, José Maria Azevedo Sobrinho, Rogério Rodrigues Ribeiro e Sibele Ezaki, do Instituto Geológico/SMA, estão trabalhando, em conjunto com o Instituto de Geociências da USP e a Prefeitura da Estância Turística de Salto, para viabilizar a proteção e preservação do Sítio Geológico recém criado, Pavimento Estriado Guaraú, localizado a sudoeste da cidade de Salto.

Durante o Neopaleozóico, entre 320 e 270 milhões de anos atrás, o supercontinente Gondwana foi afetado por um evento glacial de grandes proporções. Nesse período de tempo, grandes massas de gelo, denominadas glaciares, avançaram e recuaram muitas vezes. Posteriormente, com a fragmentação do supercontinente Gondwana, registros deste evento glacial foram preservados em áreas atualmente afastadas.

O Pavimento Estriado Guaraú constitui um dos poucos registros, na borda leste da Bacia do Paraná no Estado de São Paulo, onde pode ser deduzido o sentido de transporte das massas de gelo no supercontinente Gondwana, provenientes do sul da África. Este pavimento está coberto por diamictitos do Subgrupo Itararé.

Com a preservação deste novo sítio geológico a cidade de Salto terá mais um ponto de visitação para fins científicos, didáticos e turísticos, juntamente com a Rocha Moutonnée e o Parque das Lavras.

A descrição detalhada deste sítio pode ser encontrada no seguinte endereço: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio035/sitio035.pdf.