A ação da Defesa Civil Municipal de São Sebastião, retirando dezenas de pessoas de suas moradias no morro da Olaria, evitou que um escorregamento de terra causasse vítimas. O material mobilizado estimado em 150 m3, soterrou completamente oito casas e destruiu mais cinco casas. As pessoas foram retiradas horas antes do evento, algumas delas até com o uso da força. O desastre ocorreu no dia 24/03/2005 e no dia seguinte houve o acionamento dos técnicos do Instituto Geológico (IG) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) que avaliaram a situação do local, constatando o perigo de desabamento de mais de 15 casas, para às quais foi recomendado a interdição temporária. A reocupação das moradias foi condicionada à execução de obras de estabilização dos taludes rompidos, disciplinamento das águas superficiais e servidas e retirada de vegetação imprópria, principalmente bananeiras presentes no local. Além desse ponto, os pesquisadores Cláudio José Ferreira (IG), Gerson Salviano de Almeida e Luiz Antonio Gomes (IPT) vistoriaram mais seis locais, tendo sido dadas recomendações da tomada de medidas urgentes de contenção e posterior desmonte de dois blocos de rocha de uma tonelada cada, em um dos quais foi observado um deslocamento de cerca de 10cm, interdição definitiva de mais três residências com risco muito alto de serem afetadas por escorregamentos e outras medidas corretivas de curto e médio prazo. A operação bem-sucedida da Defesa Civil Municipal, decorre de três fatores: os cursos de treinamento realizados nas vésperas da implantação do Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC), ministrados pelos técnicos do IG e IPT para as Defesas Civis Municipais onde as ações adotadas em ocasiões como essas, vividas em São Sebastião, são previstas; a correta implantação dos procedimentos previsto no PPDC pela Defesa Civil Municipal indo a campo e realizando as vistorias; e o horário de ocorrência dos eventos principais, entre 12:00 e 18:00h, o que facilitou as ações da defesa civil e a participação da população atingida.