A Polícia ambiental realizou na semana do meio ambiente, junto ao Instituto Florestal, a maior operação de fiscalização de madeira ilegal já feita no Estado de São Paulo. As ações aconteceram nos dias 6 e 7 de junho e mobilizaram 558 policiais e 95 viaturas. A operação aconteceu simultaneamente em 87 pontos de bloqueio, dentre eles 26 pontos de fronteira do território paulista, além de 28 madeireiras, e foram vistoriados 549 veículos, o que resultou na aplicação de R$ 2,2 milhões em multas.
Nas blitz, os policias conferem se a quantidade e o tipo de madeira descritos no Documento de Origem Florestal (DOF) batem com a carga transportada. Uma amostra é retirada e escaneada por um microscópio digital e tem sua imagem enviada instantaneamente via internet ao Laboratório de Madeira do IF. Em apenas cinco minutos a equipe de identificadores emite um laudo. Esse sistema dispensa o deslocamento dos pesquisadores e técnicos junto às equipes de fiscais. Ficando no laboratório, podem consultar a xiloteca do instituto, que contém centenas de amostras de madeiras, além da vasta bibliografia especializada para confirmar de a documentação mostrada confere com o estoque inspecionado. Essa identificação online instantânea contribui para a rapidez e precisão da fiscalização. “Anteriormente, os técnicos do IF tinha que ir junto com os policiais nas operações para recolher e identificar as amostras. Atualmente, os policiais que nós treinamos fazem essa coleta e nós, com toda a estrutura do IF, fazemos a identificação”, relata a pesquisadora científica do IF Sandra Florscheim, que acredita que a tecnologia possibilita um aumento de escala nas ações de fiscalização.
De acordo com o porta voz da Polícia Ambiental, o Capitão Marcelo Robis Francisco Nassaro, foram detectadas apenas irregularidades de documentação e saldo, não tendo sido encontrada madeira ilegal, que comemora o fato do número de apreensões de madeira ilegal estar caindo nos últimos anos. Segundo ele, “é um excelente indicativo para o Estado de São Paulo, porque demonstra que o índice de legalidade do setor está melhorando. A gente vem fazendo operações constantes desde 2007 para apoiar a Amazônia. Se a quantidade de madeira apreendida vem reduzindo muito não é pela diminuição do esforço, muito pelo contrário, cada vez a gente fiscaliza mais.”
A ação faz parte do programa “São Paulo Amigo da Amazônia”, criado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente em 2007 para coibir a comercialização de madeira ilegal.
Fotos: Carolina Reis/Gvces e WWF-Brasil/Bruno Taitson.
Maiores informações: Pesquisadora Científica Sandra B.M. Florsheim, F: 11-2231.8555 ramal 2002.