13/04/2020

No dia 9 de abril faleceu aos 70 anos Randau de Azevedo Marques, jornalista de ciência e meio ambiente e amigo do Instituto Florestal.

Conhecido como grande jornalista ambiental, fazia questão de afirmar que sempre fez um jornalismo científico, tendo sido uma de suas primeiras fontes de informações a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, e frisando que as questões ambientais tinham que ser olhadas do ponto de vista mais interdisciplinar possível. Foi fundador da Associação Brasileira de Jornalismo Científico e de ONGs importantes e essenciais para a história do ambientalismo brasileiro, como a SOS Mata Atlântica e a Oikos, então voltada para o estado de direito e criada em plena Ditadura Militar, época em que foi perseguido, preso e torturado.

Grandes Coberturas investigativas foram a marca de sua carreira. Randau trabalhou no Grupo Estado (Estadão e Jornal da Tarde) por duas décadas e meia, e posteriormente foi funcionário da CETESB e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, onde foi assessor de imprensa de José Goldemberg.

Muito antes de trabalhar na Secretaria do Meio Ambiente, Randau já era um grande aliado do Instituto Florestal, tendo participado e sido determinante em grandes lutas em defesa da biodiversidade. Foi ele que cunhou o termo “Vale da Morte” e revelou a tragédia da atividade industrial em Cubatão, na Serra do Mar, fazendo com que as autoridades tomassem atitudes com relação ao impacto ambiental e social ali causado. Também participou na defesa da Estação Ecológica da Jureia, onde seriam implantadas usinas nucleares.

“Randau sempre nos ajudou nos momentos mais críticos. Arregaçava as mangas e partia para a guerra. Era dotado de uma inteligência ímpar e uma capacidade invejável de redação”, afirmou o diretor geral do Instituto Florestal Luis Alberto Bucci.

Saiba Mais: https://cetesb.sp.gov.br/blog/2020/04/09/randau-marques-simbolo-do-jornalismo-cientifico-e-ambiental/