Octávio Vecchi era um amante e estudioso das borboletas. O Museu Florestal, que hoje leva seu nome, teve seu edifício idealizado para ser um museu de História Natural. Uma das salas estava destinada aos estudos de entomologia florestal.

A entomologia florestal pesquisa a relação dos insetos com as florestas, buscando compreender desde as pragas que afetam plantações até a atuação dos polinizadores.

“Os vitrais do Museu Florestal foram idealizados pelo próprio Octávio Vecchi e executados pela conceituada Casa Conrado entre os anos de 1928 e 1930. Medem 1,20m de altura, encimados por arco pleno. São Divididos em dois grupos: um representando a fauna e outro representando a flora (…) Na ala Júlio Prestes, originalmente projetada para abrigar o Laboratório de Entomologia, estão os três vitrais que representam os lepdopteros na primeira sala.” 

Em palestra realizada em 1943, João Vicente dos Santos conta que Octávio Vecchi deixou um trabalho incompleto sobre lepdopteros e uma linda coleção de borboletas, que foi adquirida pela Escola Agricola de Piracicaba.

“A coleção de insetos da ESALQ/USP foi iniciada em 1965, no então Departamento de Entomologia, sob a chefia do Prof. Domingos Gallo. Em 2005, recebeu um incremento com a incorporação da coleção do Setor de Zoologia/ESALQ, iniciada pelo o Prof. Salvador de Toledo Piza, na década de 30.”  

No dia 07 de fevereiro de 2018, a atual responsável pelo Museu Florestal “Octávio Vecchi”, Natália Almeida, realizou visita técnica ao laboratório de entomologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” para conhecer a coleção de borboletas coletadas por Vecchi e identificadas por Piza. Foi recebida pelo professor aposentado Sinval Silveira Neto. A partir de então foram doadas ao Museu Florestal 40 borboletas de 39 espécies desta coleção.

Lista de espécies:

  • Actinote thalia (L., 1758)
  • Anartia amathea roeselia (Eschs., 1821)
  • Arawacus meliboeus (Fabr.,1793)
  • Ascia monuste orseis (Godt., 1819)
  • Asterope leprieuri (Feist., 1835)
  • Biblis hyperia (Cr., 1779)
  • Brassolis sophorae (L. 1758)
  • Caligo illioneus (Cr., 1775)
  • Callicore astarte (Cr.,1779)
  • Catonephele acontius (L., 1771)
  • Danaus plexippus (L., 1758)
  • Danaus gilippus (Cr., 1775)
  • Diaethria candrena (Godt.,1824)
  • Diaethria clymena (Cr.,1775)
  • Dismorphia amphione astynome (Dalman,1823)
  • Dynamine tithia (Hbn., 1823)
  • Epiphile hubneri Hew., 1861
  • Eueides aliphera (Godt., 1819)
  • Eurema elathea elathea (Cr.,1777)
  • Eryphanis reevesii (Dbldy., 1849)
  • Haematera pyrame (Hbn., 1819)
  • Hamadryas velutina (Bates, 1865)
  • Heliconius erato (L.,1764)
  • Heliconius sara (Fabr.,1793)
  • Heraclides thoas brasiliensis (Rot. – Jor, 1906)
  • Heraclides anchisiades capys (Hbn.,1809)
  • Lycorea halia (Hbn., 1816)
  • Methona confusa Butler, 1873
  • Morpho aega (Hbn., 1822)
  • Morpho epistrophus (Fabr., 1796)
  • Morpho helenor achillaena (Hbn.,1823)
  • Phoebis neocypris (Hueb., 1823)
  • Phoebis philea philea (L., 1763)
  • Pierella nereis (Drury, 1782)
  • Prepona pheridamas (Cr.,1777)
  • Pseudolycaena marsyas (L., 1758)
  • Pyrrhogyra neaerea (L., 1758)
  • Siproeta estelenes stelenes (L.,1758)
  • Urbanus proteus (L.,1758)