O Museu Florestal “Octávio Vecchi” possui em seu acervo aquarelas do artista Alfredo Norfini, concebidas entre 1927 e 1932, que se destacam pelo vívido colorido e a leveza nas suas pinceladas.
A série de ilustrações de espécies botânicas florestais são ao todo dezessete, onde encontram-se oito aquarelas expostas ao público, todas emolduradas com a madeira que a aquarela retrata. Sete destas têm seus nomes numa placa na própria moldura, e a única que não possui essa placa há escrito seu nome cientifico na própria aquarela. As demais se encontram na reserva técnica do Museu.
Há ainda duas outras aquarelas do artista fora desta série: uma que representa a fachada do Museu Florestal e a outra retrata a sede do antigo Engenho Pedra Branca, que ao ser desapropriado em 1896 deu origem ao que hoje é o Parque Estadual Alberto Löfgren.
Alfredo Norfini
O italiano Alfredo Norfini (1867 – 1944) estudou na Real Academia de Belas Artes de Lucca, em Roma, onde seu pai era diretor e lecionava. Em 1892, ganhou medalha de prata na Grande Exposição de Artistas Internacionais em Nice, França. Se casou, em Buenos Aires, com Maria Colli, permanecendo no país de 1893 até 1898, quando veio para o Brasil e fixou-se em Campinas. Mudou-se para São Paulo em 1907. Viajou pela Europa, Oriente Médio e Egito. Retornou ao Brasil em 1908 e foi morar no Rio de Janeiro até 1910. Trabalhou na revista Renascença e expôs no Salão Nacional de Belas Artes. Retornou a São Paulo em 1911, convidado pelo arquiteto Ramos de Azevedo (1851-1928) para lecionar no Liceu de Artes e Ofícios. Expôs suas obras na 1ª Exposição de Belas Arte de 1911. Norfini viajava pelo Brasil, reproduzindo muito do que estudava em seus quadros. Após uma segunda viagem à Europa, retornou ao Brasil em 1937 e fixou residência no Rio de Janeiro.


