29/11/2019

Desde o dia 9 de novembro está em cartaz no Museu Florestal “Octávio Vecchi” a exposição Madeira: Ciência e Arte – Gravura e Botânica. A mostra é resultado de uma pesquisa com a madeira de diversas espécies brasileiras, a maioria amazônica, e que envolveu diversos parceiros.

O projeto se iniciou com a pesquisa do artista José Milton Turcato sobre madeiras nativas alternativas em substituição às que eram usadas no Brasil para a arte da xilogravura e que hoje se encontram proibidas ou controladas na sua extração e comercialização. Em 2017, a pesquisa foi encampada pelo Laboratório de Produtos Florestais, do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), que vem auxiliando desde então com sua expertise e auxiliando nas pesquisas de campo. Em 2018, a artista visual Magdalena Capuano integrou o projeto auxiliando na produção e exposição de gravuras. Ainda naquele ano, os trabalhos foram selecionados pela professora do Instituto de Artes da Universidade de Campinas (Unicamp) Luise Weiss para que, com o apoio do Instituto de Biologia e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fossem desenvolvidos no âmbito acadêmico. O projeto também teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo (IPT/USP) e Empresa Amata Brasil.

A exposição traz amostras das madeiras utilizadas na pesquisa feita pelos artistas, matrizes de xilogravuras e as próprias gravuras. Também fazem parte da mostra fotografias microscópicas de madeira, de autoria dos biólogos Peter Stoltenborg Groenendyk, professor da Unicamp, e Alexandre Bahia Gontijo, do SFB.

O Museu recebe a exposição com muita satisfação, pois tem uma relação marcante com a xilografia e tem sob sua guarda um rico acervo de matrizes. Historicamente, o Serviço Florestal do Estado de São Paulo (atual Instituto Florestal), abrigou a Escola de Xilografia do Horto entre os anos de 1940 e 1950. O professor era o alemão Adolph Köhler, que encontrou no guatambu-rosa o melhor substituto ao buxo (Buxus sempervirens), que se usava Europa para a técnica da xilogravura de topo.

O Instituto Florestal (IF), por meio do Museu Florestal, além de atuar no esforço de unir ciência, meio ambiente e arte, fortalece o vínculo com pessoas e instituições parceiras que atuam nesta mesma tendência.

O Museu Florestal está localizado no Parque Estadual Alberto Löfgren, Rua do Horto, 931, São Paulo/SP. Abre de quarta a sexta das 10h às 12h e das 14h às 16h e excepcionalmente aos finais de semana e feriados, de acordo com a programação. A exposição poderá ser visitada até o final de janeiro.

Fotos: Acervo Instituto Florestal

Mais informações: Tel. (11) 2231-8555 / Ramal 2053