
03/07/2019
No dia 29 de junho, sábado, esteve no Parque Estadual Alberto Löfgren, uma comitiva formada por Etsuko Shimomoto, Marta Keiko Yamamoto, Norma Egawa e Francisco Yamamoto, para visitar o Bosque da Amizade São Paulo-Tottori. Eles foram recebidos por Guenji Yamazoe e por Antônio Celso Martins de Melo, respectivamente coordenador e responsável pela manutenção do Bosque. Localizadas as árvores que eles haviam plantado há sete anos, um exemplar de cada de peroba-rosa, pata-de-vaca, tamboril e alfarobo, todas nativas, ficaram admirados pelo crescimento. A seguir, numa singela cerimônia mas muito significativa, espalharam as cinzas dos avôs e pais que haviam trazido, junto ao pé das árvores.
O Bosque da Amizade São Paulo-Tottori foi instalado em 2012 para comemorar os 60 anos de fundação da Associação Cultural Tottori-Kenjin do Brasil, que congrega os imigrantes procedentes da Província de Tottori e seus descendentes. O casal Tomozo e Matsu emigrou daquela província na década de 1920 trazendo dois filhos. Aqui tiveram mais quatro filhas e uma delas, Etsuko, esteve presente nas homenagens com suas filhas Norma e Marta, esta com seu marido Francisco Yamamoto. Todos ficaram muito gratos ao Instituto Florestal pela boa manutenção dispensada ao Bosque e fizeram votos para que as árvores cresçam ainda mais saudáveis, agora com as cinzas dos seus antepassados.
A instalação do Bosque foi possível graças à compreensão do então diretor geral Miguel Luiz Menezes Freitas, que disponibilizou áreas nobres junto à sede do Instituto, onde abrigam hoje 408 árvores de 80 espécies nativas, a maioria da Mata Atlântica. Sua posterior manutenção deve-se à dedicação do atual diretor geral Luís Alberto Bucci. O plantio foi custeado por doadores da Província de Tottori, imigrantes desta província e seus descendentes. Daí o mote “Símbolo do esforço conjunto dos povos para a conservação da Mata Atlântica”, adotado quando da sua implantação. Com a cerimônia de lançamento das cinzas, o Bosque da Amizade São Paulo-Tottori ganha agora caráter afetivo, além do ecológico.
Texto: Guenji Yamazoe
Fotos: Acervo Instituto Florestal