
12/04/2019
A fauna arborícola é um dos grupos de bichos mais afetados por empreendimentos rodoviários, sejam rodovias em meio rural ou vias urbanas, como é o caso da Av. Santa Inês, que secciona duas áreas florestais do Parque Estadual Alberto Löfgren (PEAL), também conhecido como Horto Florestal, na zona norte de São Paulo.
Na data de 04 de abril, uma passagem superior de fauna foi instalada para permitir a travessia da fauna arborícola local em segurança sobre a Avenida. Algumas espécies a serem beneficiadas são: bugios, macacos-prego, saguis, ouriços, gambás, cuícas e caxinguelês.
O Projeto denominado “Mobilização conjunta para instalação de passagem superior de fauna” foi motivado em virtude de um acidente ocorrido em dezembro de 2018 com duas fêmeas de macaco-prego (Sapajus sp.) que ao tentarem atravessar os galhos das árvores, na altura do numeral 2.980 da avenida, não tiveram êxito, caindo e sendo atropeladas.
Para a instalação, o biólogo Fábio Ferrão, do Centro Médico da Polícia Militar teve a iniciativa de elaborar o projeto da passagem superior de fauna e construir sua estrutura. Para isso teve apoio da bióloga Fernanda Abra, da ViaFAUNA Estudos Ambientais Ltda., que contribuiu com a compra dos materiais para a construção da passagem e da bióloga Priscila Comassetto Maciel, da Enel – Distribuição São Paulo, que com sua equipe executou o serviço de instalação, atendendo todos os procedimentos técnicos e de segurança.
O projeto teve anuência do diretor técnico da Divisão de Reservas e Parques Estaduais (DRPE) do Instituto Florestal (IF), pesquisador científico Fernando Descio, que viabilizou o encaminhamento e apoio logístico institucional, e do ecólogo Márcio Port, pesquisador científico científico do IF lotado na Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (RBCV), que indicou o melhor local para instalação da passagem.
Junto à passagem superior de fauna foi instalada uma armadilha fotográfica que, ativada por sensores de movimento, irá monitorar as travessias dos animais, fornecendo aos pesquisadores dados sobre quais espécies utilizam a passagem, quantidade e horário.
Tal ação atende metas e diretrizes do Plano de Manejo do Parque, tal como o Manejo da Vegetação e da Fauna, do Programa de Pesquisa e Manejo do Patrimônio Natural e Cultural, que prevê o monitoramento e adoção de medidas para prevenir atropelamento da fauna silvestre, inclusive entre o Arboreto Vila Amália e o restante do PEAL.
Saiba Mais: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/2019/04/a-fauna-pede-passagem/
Mais informações: Pesquisador científico Márcio Port – Tel. (11) 2231-8555 / Ramal 2013