
03/11/2016
No dia 03 de novembro, o Museu Florestal Octávio Vecchi recebeu uma turma de 91 alunos do curso de graduação em Turismo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – Campus Sorocaba. Além da visita ao Museu, os estudantes realizaram uma caminhada pelo Parque Estadual Alberto Löfgren (PEAL), localizado na zona norte da capital paulista.
Para a professora da UFSCar Maria Helena dos Santos, o turismo depende da atividade de campo. “É em campo que observamos o lazer e o reflexo sobre o lazer, se os espaços estão adequados às pessoas da cidade e como elas o usam”, explicou. “Ter contato com o Museu e saber que esse acervo existe é muito importante. Poderíamos facilmente trazer aqui grupos turísticos que têm interesse especializado em botânica”, complementou a docente.
Maria Helena reforçou a intenção de buscar junto aos alunos reflexões visando um melhor aproveitamento da cidade para o desenvolvimento turístico. “O Horto daqui da zona norte de São Paulo é muito utilizado pela comunidade. Isso nos dá uma outra noção de uso de equipamentos públicos em áreas urbana, tanto apelo de patrimônio cultural quanto ecológico. E para nós essa simbiose é muito importante”, comentou.
Cassiana Gabrielli, docente da disciplina de Planejamento Turístico, contou que um dos objetivos da visita foi mostrar aos alunos as diversas possibilidades de trabalho para que o ecoturismo seja um meio de desenvolvimento e manutenção de espaços com valor ambiental e histórico. Para ela, é importante trabalhar sempre no sentido de um turismo que minimiza os impactos. A professora demonstrou bastante interesse em entender o funcionamento do Museu e se mostrou aberta a futuras parcerias.
Uma outra maneira de se relacionar com a cidade
Cassiana contou ainda que boa parte dos alunos reside na cidade de São paulo. “Eles vão à Sorocaba para estudar e depois voltam. Por isso, é fundamental que possam entender melhor e desenvolvam uma relação com espaço onde vivem”, comentou.
“Se a pessoa sai da Avenida Paulista e consome aqui, ela tá distribuindo renda na cadeia de negócios da cidade em diferentes regiões, favorecendo diferentes pessoas. Além disso, se o turista tem contato com as áreas naturais e essas áreas despertam nas pessoas novos sentimentos em relação á cidade, elas também saem levando novos conhecimentos. A experiência do turismo não é só consumir, ficar um tempo e sair fora. É uma experiência de aprendizado”, concluiu Maria Helena.
Fotos: Acervo Instituto Florestal
Mais informações: Serviço de Comunicações Técnico-Científicas – Tel.(11) 2231-8555 / Ramal 2004