04/05/2016

O núcleo do Programa de Jovens da Estação Experimental de Tupi será o primeiro em uma área protegida do Instituto Florestal


No dia 18 de abril, foi realizado em Piracicaba o Workshop Construção de um Núcleo de Formação Ecoprofissional de Jovens na Estação Experimental de Tupi.

O objetivo do evento foi reunir pessoas e instituições interessadas em conhecer o Programa de Formação de Jovens – Meio Ambiente e Integração Social (PJ-MAIS)  e participar da construção de um núcleo do Programa na Estação Experimental de Tupi, em Piracicaba. O evento aconteceu no anfiteatro do Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ/USP) e contou com a presença de mais de cinquenta pessoas de secretarias municipais, universidades, ONGs, empresas e outras instituições interessadas em conhecer o projeto e colaborar para colocá-lo em prática.

>O PJ-MAIS é um programa de formação de jovens baseado na formação integral e na capacitação ecoprofisional de jovens desenvolvido pela Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (RBCV). Em 2000, o Programa foi selecionado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) entre as quase 400 outras Reservas da Biosfera do mundo para receber financiamento das Nações Unidas. Em 2001 ganhou o primeiro lugar no concurso da UNESCO como melhor projeto em Reservas da Biosfera da América Latina e Caribe. Em 2005, esteve entre os 30 projetos vencedores do concurso internacional Development Marketplace, do Banco Mundial, dentre aproximadamente 2700 concorrentes, com experiências de educação relevantes.

O Professor Marcos Sorrentino, do Laboratório de Educação e Política Ambiental (OCA) da ESALQ/USP abriu o evento parabenizando a Estação Experimental de Tupi pela iniciativa. Na ocasião, contou sobre sua participação no início da elaboração do Programa de Formação Jovens, na década de 1990.

Em seguida, Edgar Fernando de Luca, Diretor Geral do Instituto Florestal (IF), ressaltou a importância do PJ-MAIS e explicou o funcionamento da RBCV. Destacou ainda que este núcleo será o primeiro em uma área protegida do Instituto Florestal e o primeiro localizado fora do território da Reserva da Biosfera.

Maria Luísa Bonazzi Palmieri, responsável pela Estação Experimental de Tupi, agradeceu o apoio da Diretoria do IF, as parcerias da OCA/ESALQ, do Instituto Auá  e da Iandé – Educação e Sustentabilidade, bem como a presença de todos os participantes. Contou sobre como surgiu a ideia de construção do núcleo deste Programa e explicou os objetivos do evento: apresentar as bases filosóficas e pedagógicas do PJ-MAIS e ampliar a rede de instituições envolvidas na construção de um núcleo no município.

Cristiano Pastor, da Iandé, relatou uma experiência de formação de jovens voltada às questões socioambientais desenvolvida no Distrito de Tupi há dois anos. Descreveu a metodologia utilizada e os resultados obtidos.

Na sequência, foi realizada a palestra de Ondalva Serrano, responsável pela concepção da metodologia do PJ-MAIS e membro do Conselho de Gestão do Instituto Auá de Empreendedorismo Socioambiental. Ondalva iniciou sua fala manifestando satisfação em apoiar a construção desse novo núcleo, elogiando a iniciativa apresentada por Cristiano e dizendo que apresenta muitas semelhanças com a proposta do PJ-MAIS. A palestrante apresentou as bases conceituais e pedagógicas do programa, destacando a educação integral e a formação ecoprofissional. Explicou que a formação é de dois anos, com estudantes do Ensino Médio, em horário de contrário ao escolar, em cinco oficinas:

– Educação integral;
– Produção e manejo agrícola e florestal sustentável;
– Consumo, lixo e arte;
– Turismo sustentável;
– Agroindústria artesanal.

Malu Gandra, coordenadora da RBCV, também contribuiu explicando alguns aspectos do funcionamento do programa.

Criação coletiva
No período da tarde foram utilizadas metodologias participativas para que todos os presentes se conhecessem e dissessem como gostariam de colaborar na construção do novo núcleo do PJ-MAIS.

Na primeira dinâmica, “Que valores você traz e por que quer ajudar a construir esse projeto?”, todos desenharam sua mão em uma folha em branco e escreveram os valores que trazem e sua motivação para a participação no projeto. Foi enfatizado que se trata de uma construção coletiva,“a várias mãos”.

Em seguida, os participantes foram convidados a colocar, em uma tarrafa armada no centro da sala, cartões nos quais responderam a seguinte questão: “Como você ou sua instituição podem contribuir de forma a conectar seus talentos (as melhores coisas que tem a oferecer com alegria e amor) com o propósito do projeto?”. Para inspirá-los nesta tarefa, Elaine Rodrigues, vice-diretora do IF, apresentou informações sobre a situação atual dos núcleos do programa. Elaine também elogiou a iniciativa e afirmou que a diretoria do Instituto dará todo o apoio necessário para a implantação do núcleo e para que o programa, como um todo, seja fortalecido.

Ao final, foi agendado o próximo encontro para planejamento dos próximos passos para a construção do núcleo.

Fotos: Bruno Fernandes -Laboratório de Educação e Política Ambiental (OCA/ESALQ/USP)

Mais informações: Maria Luísa Bonazzi Palmieri – Estação Experimental de Tupi – Tel. (19)3438-7116.