O Parque Estadual Alberto Löfgren apresenta neste mês a exposição de arte “Sementes e Máscaras”, uma série de obras que busca provocar no público reflexões sobre as máscaras que usamos e que observamos em nossos semelhantes. O artista se expressa através do uso de diversos tipos de sementes, com as quais são confeccionadas inusitadas máscaras, para espelhar algumas das atitudes humanas e personagens assumidos ao longo da vida.

Os visitantes se identificam com figuras conhecidas do meio musical, dos quadrinhos, do cinema, da literatura, personagens históricos, divindades ou mesmo animais, todos bastante carregados de significados. Cada obra é acompanhada por um pequeno texto sobre o arquétipo representado por ela.

O criador das obras, Ricardo Marcelo Giacon, que pesquisa profundamente o tema de cada peça antes de sua criação, conta sobre a concepção da coleção como um todo:

A vida em sociedade nos apresenta uma série de papéis para desempenharmos e em cada situação necessitamos utilizar uma máscara. Um professor ao lecionar, assume o papel de facilitador, e perante sua classe não importa o que esteja pensando ou sentindo, os alunos esperam seu desempenho como mestre na sala de aula. Sua essência é sempre a mesma, não importa o papel que desempenhe fora da sala de aula como amigo, pai, profissional, ou seja lá qual for a máscara que esteja usando, sua luz sempre se refletirá através da janela de seus olhos. Uma janela de dois sentidos: um que reflete o interior e o outro que capta o exterior. Na escola da vida somos todos mestres e alunos, ensinando e aprendendo, cada um em seu ritmo.
As sementes são vivas, respiram, são energias concentradas; necessitam expandir, irradiar, interagir para crescer e evoluir, adaptando-se ao mundo que as cercam. Nós também evoluímos e adaptamos as máscaras, agora invisíveis, para enfrentarmos nosso dia a dia. Nesta era da informação, nos sentamos em frente a uma máquina e interagimos com o mundo; assumimos diversos papéis, e embora sem contato físico, continuamos a expressar nossos desejos, nossos sentimentos de aceitação, nossos sonhos, nossas fantasias mesmo que sejam apenas energia, apenas virtual. O que é real? Nossa essência.

A exposição teve sua abertura no dia 1º de maio no Museu Florestal Octávio Vecchi e poderá ser visitada até o dia 29 do mesmo mês, data de seu encerramento.

A entrada é gratuita. O museu funciona de terça à sexta–feira das 9h às 12h e das 13h30 às 16h30 e de domingo das 10h às 15h30. Por cuidados técnicos o museu não abre em dias chuvosos.

Maiores informações: Roselaine Barros –
Tel: 11-2231.8555 – Ramais 2063 e 2053