Em outubro, a Floresta Estadual de Assis, do Instituto Florestal, recebeu a visita do Dr. Richard J. Hobbs, professor da Universidade da Austrália Ocidental. A visita do Dr. Hobbs, considerado hoje o principal cientista da Ecologia da Restauração em todo o mundo, proporcionou uma oportunidade rara de integração entre diversos laboratórios de pesquisa sobre o assunto, dos estados de São Paulo e Paraná.
A visita começou em plantios de restauração feitos pelas areieiras do Vale do Paraíba. De lá seguiu para a mais antiga iniciativa de restauração de mata ciliar no estado de SP, às margens do rio Jaguari, na Usina Ester, depois para Iracemápolis, área restaurada há 20 anos ao redor do reservatório de abastecimento urbano. No segundo dia foram visitados plantios experimentais feitos pela UNESP, em Botucatu e a expedição continuou na Estação Ecológica de Santa Bárbara, onde o Dr. Hobbs pôde conhecer as fisionomias campestres de cerrado e os desafios da restauração das áreas invadidas por Pinus e braquiária.No último dia, pela manhã foram visitados plantios de restauração da mata ciliar na Fazenda Cananéia, em Cândido Mota, SP, e à tarde foram visitadas áreas em restauração de cerrado e mata ciliar na Floresta Estadual de Assis.
Após conhecer todas essas áreas, Dr. Hobbs proferiu palestra sobre o estado da arte na Ecologia da Restauração no mundo, seguindo-se uma discussão extremamente proveitosa para todos os presentes sobre o que tem sido feito em restauração de ecossistemas no Brasil.
A palavra final do visitante ilustre veio fortalecer o trabalho dos brasileiros, pois sua percepção foi de que estamos desenvolvendo estudos de grande importância e qualidade, que precisam ser divulgados internacionalmente para que sejam conhecidos e replicados.
Participaram da visita, 28 representantes de nove grupos de pesquisa distintos, compreendendo pesquisadores, professores e pós-graduandos, que certamente poderão multiplicar o conhecimento adquirido nesta convivência breve e enriquecedora.
Para que este momento fique registrado na história, foi efetuado o plantio de três exemplares de magnólia-do-brejo (Magnolia ovata A. St.-Hil.), às margens do lago na Floresta de Recreação e Educação Ambiental de Assis.
Foto: Nino Amazonas
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