Aumenta a cada dia no país o plantio de florestas clonais de Eucalyptus visando à produção de madeira serrada em ciclos estimados de 14 a 20 anos, notadamente na região Centro-Oeste do País. Estes plantios são independentes das empresas verticalizadas de celulose ou carvão, mas utilizam materiais clonais selecionados para estes fins, e re-testados e re-selecionados para a região. No entanto, a garantia da sua adaptabilidade à produção de produtos sólidos (serraria) não é conhecida, pois requer testes da madeira em idades mais avançadas (maior de 8 anos), os quais ainda não existem nestas novas fronteiras de plantios (menos de 5 anos).
Para contornar tal situação, o IPEF viabilizou um trabalho executado pelo pesquisador Israel Lima do IF de São Paulo, idealizado pelo Prof° José Luiz Stape da North Carolina State University, que consistiu em selecionar os clones que vem apresentando bom desenvolvimento no Centro-Oeste e buscá-los em idades mais avançadas em suas regiões tradicionais de plantio. Neste primeiro trabalho, foram escolhidos II clones da Copener Florestal/Bahia Pulp. A empresa foi consultada, e se prontificou a apoiar a pesquisa, a qual foi patrocinada pelas empresas Campo Bom, Corus, Granflor e Vitória Régia.
Segundo, Jacyr Mesquita e Jerônimo Barbosa, da Bahia Pulp, “a caracterização dos clones para uso-múltiplo é importante pois poderemos recomendar melhor os clones para clientes de nosso viveiro que tenham por objetivo a madeira serrada”.
Avaliaram-se os clones em idades de 8 a 13 anos, incluindo-se o Eucalyptus cloeziana com 22 anos (com excelente aptidão para serraria) como material referência no estudo. Segundo o pesquisador Israel “o desdobro, produção de tábuas, secagem ao ar e caracterizações físicas e mecânicas da madeira, realizadas ao longo de 8 meses, possibilitaram de certa forma ordenar os clones em suas aptidões para serraria, e esperamos publicar estes resultados em 2010”.
Para o Prof° Stape “apesar de haver ainda muitas incertezas, ficou evidente neste trabalho que 5 dos 11 clones são completamente inadequados ao desdobro, e que 3 clones são muitos promissores para tal uso, o que nos encoraja a recomendar uma fase 2 deste estudo, escolhendo um novo grupo de clones, e buscando-os em suas regiões de origem”.
Fonte: IPEF Notícias – julho/agosto de 2009.

Maiores Informações: PqC Israel Lima – Divisão de Dasonomia – Seção de Madeiras e Produtos Florestais F: 11-22318555 ramal 2150.