Policiais ambientais foram treinados em cursos realizados de março a junho.
O Estado de São está fechando Paulo cada vez mais o cerco contra a entrada de madeira nativa ilegal em território paulista. De março ao início de junho deste ano, 175 policiais militares ambientais foram treinados, em cinco cursos ministrados por especialistas do Instituto Florestal – IF, órgão pertencente à Secretária Estadual do Meio Ambiente – SMA, para fazer a identificação “online” de madeiras nativas. Os cursos, com cinco dias de duração cada, aconteceram na capital, por duas vezes, em São José do Rio Preto, no Guarujá e em Birigui.
Ao final de cada treinamento, além de uma ação prática, com operações efetivas de fiscalização, realizadas junto a madeireiras locais, em conjunto pelos homens da Polícia Militar Ambiental e os técnicos do IF, a corporação recebeu os equipamentos necessários para a captação e o envio das imagens, que são analisadas em laboratório do Instituto Florestal, em São Paulo. No total, a Polícia Ambiental recebeu cinco microscópios portáteis, cinco “notebooks” com recurso de transmissão de imagem de alta definição, e mais uma câmera digital. Nas operações junto às madeireiras, uma castanheira chegou a ser apreendida, em São José do Rio Preto.
Os cursos tiveram a coordenação técnica de Sandra Monteiro Borges Florsheim, da seção de Madeira e Produtos Florestais do Laboratório de Anatomia, Identificação e Qualidade de Madeiras do IF. Ela lembrou que a crescente capacitação da Polícia Ambiental e a agilidade nas fiscalizações fazem parte dos esforços do Governo do Estado, por intermédio da SMA, para coibir a entrada de madeira ilegal através das fronteiras paulistas, no âmbito do Projeto Ambiental Estratégico São Paulo Amigo da Amazônia.
As madeireiras que estão sendo identificadas como idôneas podem se cadastrar junto à Secretaria do Meio Ambiente no CADMADEIRA, para obtenção do Selo Madeira Legal que garante a procedência legal da madeira que comercializam.
Texto: Mário Senaga Fotografia: Sandra Florsheim