
19/10/2015
Trabalho sobre a relação entre processos oxidativos e a deterioração de sementes pode auxiliar nas estratégias de conservação de germoplasma, nos planos de recuperação de áreas degradadas e nas ações da Secretaria do Meio Ambiente
Entre os dias 5 e 8 de julho a International Society for Seed Science (ISSS) realizou o Seed Longevity Workshop, em Wernigerode, Alemanha, o primeiro encontro internacional com vistas ao estudo da longevidade de sementes. Entre os mais de 200 pesquisadores de mais de 40 países, o Brasil esteve bem representado, com 27 pesquisadores, sendo o segundo em número de participantes (superado apenas pelo país-sede). O Dr. Claudio J. Barbedo, pesquisador do Instituto de Botânica, esteve presente e foi o único representante do Estado de São Paulo. Recebeu apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (FAPESP) para realizar a viagem e apresentou o painel ” Oxidative process and speed of deterioration of orthodox and recalcitrant seeds during storage“. Sua co-orientada de doutoramento no Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente, professora do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (Uberaba, MG), também presente no Evento, apresentou o trabalho “Metabolic responses of immature seeds of Libidibia ferrea Mart. under contrasting storage temperatures“, que será parte de sua tese. Os dois trabalhos divulgaram resultados obtidos nas pesquisas desenvolvidas neste Instituto e estão alinhados com as principais tendências mundiais de pesquisa com conservação de sementes, demonstradas nas palestras do Workshop e nos demais trabalhos apresentados. Os avanços científicos e tecnológicos mais recentes no mundo, apresentados no evento, foram trazidos pelo Dr. Claudio para divulgação entre os demais pesquisadores e orientados de graduação e pós-graduação e poderão representar substancial avanço nas discussões dos resultados aqui obtidos, bem como no planejamento de futuros trabalhos. O painel apresentado, que trata da conservação de sementes recalcitrantes, atualmente um dos maiores desafios da ciência das sementes em todo o mundo, foi intensamente visitado e permitiu que o pesquisador pudesse discutir esses novos conceitos com profissionais de diversas origens, o que poderá trazer importante contribuição ao desenvolvimento científico e tecnológico e que, certamente, divulgou internacionalmente o nome do Instituto de Botânica e da Secretaria do Meio Ambiente.